Imagem de Paz!

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Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sermão: Getsêmani, Lugar de lutas e derramamento da graça fortalecedora. Por pr. Josias Moura de Menezes

“36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.” (Mateus 26:36-46 RA)

1. Introdução

O Getsemani era um lugar muito conhecido que significa “prensa de azeite”. Naquele local, haviam muitas oliveiras plantadas. Também existia uma prensa ou lagar. O lagar era um tanque onde as oliveiras eram apertadas de forma que o óleo das azeitonas era espremido. Então ali em Getsemani, oliveiras eram espremidas para que o bom óleo de azeite pudesse ser obtido e comercializado.

O significado do nome de Getsemani, expressa muito bem a agonia que Jesus sentiu naquele lugar.

As vezes, nos também somos colocados na prensa ou no lagar de Deus. Algo que tenho aprendido é que Deus tem o poder de usar o abatimento para poder nos edificar. Deus usa as lutas e provações que nos atingem para nos ensinar. Deus nos coloca no seu lagar, para nos tratar e mais tarde nos usar.

2. O verso 37 diz: …..levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.

O verso 37 e 38 nos mostra que Jesus estava em luta contra as fraquezas de sua própria humanidade. O plano divino estava traçado, mas a natureza humana de Jesus ainda lutava. A oposição ao plano divino estava na própria carne de Jesus. A tristeza e a angustia de Jesus foram tão profundas naquele instante que Cristo pede a Pedro e os dois filhos de Zebedeu que fiquem com Ele.

Jesus havia enfrentado antes, muitas oposições a sua missão. Pedro não entendendo o plano de Deus para a vida de Cristo propôs que Cristo não morresse na cruz. Satanás tentou a Cristo, tentando afastado da obediência ao Pai.

Mas no Getsêmani Jesus enfrentou inimigos diferentes. Naquele instante, Seu grande inimigo era a sua própria humanidade. Sua humanidade revelava naquele momento, os limites e fraquezas que são comuns a todo ser humano. O Deus encarnado estava tendo uma profunda experiência naquele instante com as fragilidades que fazem parte da natureza humana.

A humanidade de Jesus permitiu que Ele experimentasse o medo, a angustia e tristeza profunda. Mas nenhum desses sentimentos afastou a Cristo do seu alvo.

Aprendamos também a imitar este exemplo de Cristo. Quando entrarmos em luta contra nossos próprios sentimentos, como o medo, a dúvida ou a angustia, peçamos a Deus forças para permanecer firmes no alvo e no plano de Deus.
3. No verso 38, há um detalhe importante a observar nas palavras de Jesus. Ele diz: “…ficai aqui e velai comigo.”

Jesus sentia a necessidade de ter pessoas com ele naquele momento. Ele não queria ficar só. Ele leva consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu.

Jesus entendia que algumas lutas não devem ser experimentadas no isolamento ou em solidão. Existem lutas na vida do crente que devem ser compartilhadas.

Sabiamente, o apostolo entendendo isso nos recomenda em Gálatas 6:2: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.”

Compartilhar faz bem a nós mesmos. Ter algum confidente, alguém com quem podemos abrir o coração, e revelar os nossos medos é bom e necessário.

As vezes, um crente se reveste de uma grande capa de espiritualidade para esconder as suas fragilidades e imperfeições. Mais tarde, vem a bomba, a noticia que ninguém esperava: o irmão caiu, ou ficou frio espiritualmente.

O verdadeiro homem ou mulher espiritual é aquele que aceita seus limites e sabe que é apenas um frágil vaso de barro. Ele reconhece o que o apostolo Paulo também distinguiu em Romanos 7:24: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”

Até mesmo Jesus reconheceu as fraquezas que existiam na sua humanidade. Ate mesmo Jesus reconheceu que precisava de companhia para compartilhar as pressões daqueles momentos.
4. No verso 39, vemos Jesus fazer uma importante oração naquele momento de luta. O texto diz: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”

Jesus não estava se rebelando contra o Pai quando perguntou se era possível afastar o cálice do sofrimento. Aqui Ele esta expressando ao Pai o que sua humanidade sentia: a dor e a angustia.

É claro que a ideia de morrer numa cruz não é agradável para nenhum homem, e nem o foi nem mesmo para o homem Jesus. Porém Jesus coloca a soberana vontade do Pai acima das tentações e fraquezas de sua humanidade. Ele diz: “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”.

Nos momentos em que nossos sentimentos ou uma situação tentar nos pressionar a tomar uma decisão precipitada, é importante fazermos como Jesus: “Senhor, não seja o que eu quero e sim o que tu queres”.

Em momentos de sofrimento aprendamos a confiar na palavra, nas promessas e planos do Senhor. Nestas horas precisamos orar dizendo: “faça-se em mim a tua vontade, oh Senhor”.
5. O verso 40 diz: “E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?” 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

Getsêmani representou para Cristo, um lugar de lutas e derramamento da graça. Para os discípulos foi um lugar de sonolência.

Jesus aproveita a sonolência de Pedro para preveni-lo contra todas as espécies de tentações que o discípulo logo enfrentaria. Jesus esclarece que a maneira de vencer a tentação é manter-se alerta e orar.

Manter-se atento significa estar consciente das possibilidades de ser tentado, perceber a sutileza da tentação e estar espiritualmente preparado para vence-la.

Pelo fato de uma tentação nos atingir onde somos vulneráveis, não podemos resistir sozinhos. Uma das ferramentas de defesa que temos é a oração. Ela é essencial para que o poder de Deus fortaleça as nossas defesas.
6. Conclusão

Você conhece uma árvore chamada CARVALHO?

Pois é, essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente.

Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta eles observam logo o carvalho, pois uma característica fundamental deste vegetal, é que quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo quase impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!

Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Na medida que o carbalho vai enfrentando mais tempestades ele vai ficando mais robusto e assume uma aparência gigantesca, como se realmente tivesse feito muita força.

Muitas vezes uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!

Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme!

Moral. Assim como o carvalho tira proveito das tempestades para se fortalecer, devemos ser também nós.

Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes!

Um pouco marcados. Muitas vezes com aparência abatida, mas fortes!!!

Com raízes bem firmes e profundas na terra!

Podemos, com isso, compreender o que o nosso PAI maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. E também a confiança do rei Davi quando cantou: _”Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque TÚ estás comigo…”

Por isso quando olhar pela janela o lindo alvorecer, lembre-se de que não há temor com os infortúnios da dia, porque DEUS está consigo!

Ele o protegerá!

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