Imagem de Paz!

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Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Viagem ao Deserto

 



O               Um dia desses eu estava meditando, sobre o povo hebreu, sua cultura, suas riquezas, suas muitas batalhas, derrotas e vitórias e, senti-me impulsionado a refletir sobre esta região que abrange o plano físico e o plano espiritual. (meta
físico), “o deserto”.
               Há milhões de coisas que se podem dizer sobre o deserto, como não poderia relacioná-las todas nesta reflexão, ater-me-ei em comentar algumas delas, observadas na história do povo de Israel, o povo escolhido por Deus, para perpetuar o seu nome na Terra.

1 -  A primeira vez que a Bíblia menciona a palavra deserto, é Gn. 14. 6, e fala sobre os horeus que habitavam no monte Seir, até El-Parâ que está junto ao deserto. Há moradas no deserto

2 -  Em Gn 16.7, diz que um anjo encontrou Hagar junto a uma fonte no deserto. No deserto há fontes.

3 - Em Gn. 21.14 , diz que Hagar caminhou errante para o deserto. O deserto é a estrada daqueles que perdem tudo, daqueles que estão triste, daqueles que não tem esperança.

4 - Em Gn 21. 20-21, diz que Ismael morou no deserto, e nele ganhou forças, cresceu e tornou-se flecheiro e se casou. No deserto pode-se frutificar.

5 - Em Gn. 36.24,  Anás achou as fontes termais no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeão, seu pai. Fontes de águas quentes, de uso medicinal. No deserto pode ser encontrado o remédio para nossa dor

6 - Em Gn. 37.22, Os irmãos de José o lançaram numa cova que estava no deserto. Quando algo nos incomoda nós fazemos o mesmo, o lançamos no deserto do esquecimento tentando nos livrar dele.

5 - Em Ex. 3.1, Moisés no deserto, (Monte Horebe) teve seu primeiro encontro com Deus. Foi ali que Deus se revelou como o grande “Eu Sou”. A maioria de nós só temos um primeiro encontro com Deus quando nos encontramos no deserto.

6 - No vers. 18, Deus orienta a Moisés a levar o povo ao deserto para oferecer-lhe sacrifícios. Muitos de nós não entra no deserto para sacrificar a Deus. Detalhe ao entrarmos no deserto, não é suficiente caminhar só um dia. Assim como o povo, precisamos insistir em pelo menos três. Isso fala da perseverança do cristão. Devemos esperar com paciência no Senhor, para depois, Ele ouvir o seu clamor!

7 - Em  4. 27, Deus ordena a Arão que vá ao encontro de seu irmão Moisés, no deserto. Deus continua ordenando-nos a irmos ao encontro de nossos irmãos, quando estes estiverem no deserto.

8 - Em 5.1 e 3,  vemos Moisés pedir a  Faraó, que libere seu povo para  celebrar festa ao Senhor, no deserto. Não importa quem tenha autoridade sobre nós, festejar ao Senhor é sempre o dever maior. Talvez seja no deserto que o festejamos melhor.

9 - Em Ex. 7.16 vemos Moisés insistindo com Faraó para deixar o povo ir ao deserto. Isso nos fala sobre a insistência que devemos ter para adorar ao Senhor. Ainda que o tempo seja o nosso faraó, devemos insistir com ele a fim de entrarmos no deserto para louvar ao Senhor.

10 - Em Ex. 8.27 e 28, vemos a proposta indecente de Faraó. o povo pode ir ao deserto mas não muito longe. Na verdade quando entramos no deserto, devemos estar consciente de irmos até ao final. Ir ao deserto é uma ida para um outro lugar. Pois depois do deserto está a terra que mana leite e mel. Só a alcança quem vai até o final do deserto.

11 - Em Ex. 13.18-20, vemos o povo partir armados para a caminhada ao deserto. Depois eles param diante do mar. O Senhor os guiou de dia numa nuvem e à noite numa coluna de fogo. Quando entrares no deserto, o Senhor vos guia, seja noite ou seja dia. Ele estará convosco.

12 - Em Ex.14.3, faraó pensa que o povo estava embaraçado no deserto. Assim, o nosso inimigo, vendo-nos no deserto, pensa que estamos perdido, derrotados, enfraquecidos, mas é lá no deserto que nos tornamos fortes. É no deserto que Jeová Sabaoth guerreia por nós.

Para resumir,  é no deserto que o incrédulo e fraco cristão murmura contra a providência divina. (Ex. 14.11-12);
É no deserto que a nossa fidelidade a Deus é provada. É lá, no deserto que perdemos nossas armas, nossas riquezas, nossa bagagem, nosso conhecimento. É lá que somos confrontados com a fé. É lá que nos sentimos fracos. É no deserto que nos sentimos sós, sentimos sedes, fomes, e nos esvaziamos das impurezas. É lá que o Senhor prova o seu povo, é lá que conhecemos a Deus, é no deserto que experimentamos a Deus, temos comunhão com Deus. É lá que o Senhor nos separa para um ministério. É no deserto que o Senhor providencia a água que extermina, de uma vez por toda, a sede. É no deserto que somos mais abençoados por Deus. É lá no deserto, que passamos a ter intimidade com Deus. É lá que amadurecemos e é lá que alcançamos vitória contra nós mesmos, contra o  mundo e contra o diabo.
Entremos no deserto e busquemos ao Senhor, pois Ele é galardoador daqueles que o buscam.

“Nada é impossível para Deus”

 


Mateus 19: 26 “jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.”

 

Esse versículo estava foi dito em um episódio que jesus ensinava sobre o perigo das riquezas e o quão difícil é ao homem detentor de riquezas alcançar a salvação. Os discípulos haviam confessado que era impossível alguém ser salvo. Eles sabiam que as riquezas eram um dos objetivos dos homens, pois com elas, portas terrenas se abriam. O homem sempre viveu em sociedade e ama ser bem estimado nela. Posições sociais, reputação, fama, tudo isso são formas de riquezas que, ainda hoje persiste em atrair os homens.

Jesus estava advertindo para o perigo que essas riquezas terrenas são. Quem gasta sua vida buscando-as, está na verdade a perdendo.

A atração pelas riquezas ainda é um grande inimigo a ser vencido e, só Deus pode nos livrar diante dele. Há coisas impossíveis a nós, não a Deus!

Seja qual for a “riqueza” que está te atraindo hoje (estudo, trabalho, casamento, filhos, férias, reputação, fama ou até mesmo dinheiro), Deus é o único que pode te ajudar a repensar essas aparentes necessidades. Através da oração, você acessa a presença de Deus e, pode explicar a ele o seu ponto de vista. Através da sua Palavra orientada na oração, Ele vai te explicar o ponto de vista Dele. Os planos Dele a nosso respeito são sempre os melhores para nós.

Dá-me teu filho morto

 


1Rs 17. 19a “Ele lhe disse: Dá-me o teu filho; tomou-o dos braços dela.”

Após ter se hospedado na casa da viúva de Sarepta, por ordem de Deus, e ali ter realizado o grande milagre da multiplicação de farinha e azeite, proporcionando alimento a ela e à sua família durante o tempo de seca em Israel profetizada por Elias, aquela mulher se vê, agora diante de uma situação muito triste: Seu único filho morrera. Ela vai ao profeta pois acreditava que sua presença ali, estava disciplinando sua vida de pecados e, pensava que, por isso, Deus havia levado seu filho. Elias, conhecedor do Deus misericordioso a quem servia, diz a ela: “dá-me o teu filho!”.

O filho estava morto, mas era difícil àquela mulher se despedir assim dele. Entregar o seu filho era perder o controle (que ela achava que tinha). Era mais um ato de fé a que ela tinha que se submeter.

Da mesma forma carregamos conosco “alguns filhos mortos”. Choramos, lamentamos, alguns já estão até cheirando mal, pelo tempo, mas insistimos em andar com eles. Esquecemos que para que eles sejam ressuscitados em uma nova vida, precisamos entregá-los. São nossos sonhos, projetos, relacionamentos que morreram. Em alguns casos, levamos pecado, culpa, decepção.

Precisamos nos livrar deles. Alguns de nós não consegue, é verdade. Veja Elias, diante da dificuldade daquela mulher em entregar o seu morto, ele resolve “tomar” de seus braços. Se você está tendo dificuldades para entregar esse morto que carregas, peça a Deus que tome de você. Ao fazer isso, Ele vai consertar o que precisar ser consertado, curar o que precisa ser curado, ressuscitar o que precisa ser ressuscitado.

Somos humanos

 


1ª Rs 18.36-37 “Sucedeu, pois, que oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.”

Essa é uma das passagens mais conhecidas do Antigo Testamento. Ela nos conta como o servo do Senhor venceu uma disputa com 450 profetas de Baal. É impressionante como uma oração tão bela trás aos nossos corações a alegria e o renovo para continuar a caminhada. Entretanto, após esse episódio, também conhecemos como o profeta ficou. Suas forças foram tão abaladas que acabou fugindo e viajando para bem longe do local de sua grande vitória. Por que isso aconteceu? Sei que há muitas possibilidades de respostas, mas a minha preferida fala de “humanidade” Somos humanos a despeito do poder de Deus. Paulo diz em 2ª Co 4.7 que “temos esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”

Aí está a razão da aparente derrota de Elias e da nossa em nossos embates atuais. Precisamos entender que o poder é de Deus. A nossa dependência dele deve ser estampada em nosso rosto. Fazendo assim, seremos forçados a respeitar alguns limites em nossas vidas, reconhecendo que Deus é Fiel e está sempre pronto a intervir para que Seu nome seja glorificado, a despeito de nossas fraquezas e limitações.

Quando conhecemos o Deus que servimos, oramos com Ousadia.

 




Rs 17.20 “E clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor, meu Deus, também a esta viúva, com quem eu moro, afligiste, matando-lhe seu filho?

Durante muito tempo as pessoas viviam com certo medo de orar ao Senhor. Fomos ensinados a um relacionamento religioso que nos manteve distante de um relacionamento mais profundo com Deus. Fomos ensinados a orar com muita cautela por causa da santidade de Deus que acabamos escondendo em nossos corações alguns sentimentos e dúvidas que acabaram por nos distanciar d´Ele. Deus não nos quer em um relacionamento distante. Na verdade, Ele quer que conheçamos a verdade. A mesma verdade que Cristo, conversando com a samaritana disse que nos libertaria.

A primeira impressão que nós temos diante das palavras de Elias é que ele estava estressado e, por isso, estava sendo irreverente. Deus não se sentiu ultrajado em sua santidade com essa oração, ao contrário, o versículo 22 diz: “E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.

Intimidade com Deus é a experiência que nos autoriza a ter uma conversa franca com Ele. Se quisermos viver uma fé verdadeira e autêntica, precisamos nos libertar das amarras da religiosidade fingida e mergulharmos em períodos de oração sincera, onde rasgamos nossos corações e entramos sem roupagem diante de Deus.

“Levantai-vos e orai”


LC 22.46 – e disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai para que não entrei em tentação.

 


Jesus havia convidado alguns dos seus discípulos mais chegados para orar com ele no monte das Oliveiras, pois estava prestes a experimentar a maior batalha de sua vida. Estava com o coração fervilhando, a adrenalina em alta e, sentia que precisava de orar, mas que também precisava de companheiros de oração. Ao retornar para perto dos seus discípulos, os encontrou dormindo. No versículo 45 diz que estavam dormindo de tristeza.

Tanto de Jesus, como seus discípulos estavam vivendo um momento crucial em suas vidas. Estavam em uma verdadeira batalha espiritual. Era a última lição que jesus precisava ensinar-lhes. Enquanto o mestre, diante da situação difícil persiste em orar intensamente, seus discípulos se deixaram levar pela tristeza e dormiram.



Assim com eles, dormimos ao invés de pelejar. Queremos vitória, mas nos deixamos levar pelo cansaço, pelo desânimo ou até mesmo pela tristeza. A falta de persistência em oração nos faz cair em tentação. Jesus os adverte: Levantai-vos e orai para que não entreis em tentação. A tentação é ainda pior do que a tristeza. Ouça o mestre, ore, se prepare e, então vença!