Imagem de Paz!

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Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

terça-feira, 16 de julho de 2013

O profeta e o deserto

"E o menino crescia e se fortalecia em espírito; e viveu nos desertos até o dia em que havia de mostrar-se a Israel (Lc 1:80) 

 Após me emocionar com este primeiro capítulo do livro de Lucas, senti uma vontade enorme de compartilhar com vocês algumas considerações. Todos sabem quem foi João Batista. Jesus declarou que o mesmo era o "Elias" que havia de vir. Acrescentou que nunca houve dentre os nascido de mulher, alguém maior que ele. Pois bem,
 1) João não teve um ministério duradouro na terra, pois, assim que Jesus começa o seu ministério, ele é degolado por Herodes; 
2) o versículo acima diz que ele viveu nos desertos... 

Daí o ápice de minha reflexão: 
No deserto, João Batista crescia e se fortalecia no espírito. Ao contrário da maioria dos profetas atuais, o precursor de Jesus Cristo, o anunciador de Boas Novas, o verdadeiro evangelho não se preocupava com estar no meio da multidão e nem com a atenção das pessoas. 

Uma das poucas vezes que chamou a atenção das pessoas foi para declarar enfaticamente: "eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!"
 Aleluia! 

 Meu amado, quero chamar a sua atenção agora para o fato de que o deserto é a melhor escola de profetas da atualidade. Não o deserto físico mas aquele estado de espírito ao qual nós somos conduzidos seja pelas circunstâncias, seja pela necessidade ou até mesmo pela Espírito Santo. 
Há uma caminhada rumo ao ápice de todo ministério e o deserto está no meio dele. Um dia, chegará o momento sublime da realização ministerial em que a nossa pregação cumprirá o seu desígnio: "apresentar o cordeiro de Deus que tirará o pecado do mundo!" 
 Amém!
 (Por Israel Gomes da Silva, direto do deserto)

segunda-feira, 15 de julho de 2013



O Desafio da mesa do Senhor, 
(por Júlio Andrade Ferreira)



Quem marca o dia da Santa Ceia? O comungante? Não. A igreja, através de suas autoridades.
Ora, a Escritura diz que, em face do Sacramento o que o crente tem de fazer é examinar-se a si mesmo, e tomar a Ceia.
Tem havido, em nossos meios, uma falsa compreensão do papel da Santa Comunhão.
Freqüentemente ouço que esta ou aquela pessoa não participou da Ceia, porque não estava em condições de fazer tal coisa. Se está entregue à discrição do crente o participar ou não participar da Mesa, então que valor tem ela?
Quem de nós está, em última instância, em condições de tomá-la, senão porque os pecados perdoados em Cristo? Só conheço, à luz da Bíblia, uma sorte de pessoas em condições de tomar a Santa Ceia: são os arrependidos.
Sim: arrependidos, crentes, perdoados.
À luz desse evangelho, a atitude atrás referida, de pessoas que se abstém da Ceia, por não estarem em condições, é completamente falsa. A Ceia é oferecida a pecadores e não a santos. Pecadores arrependidos, certamente, mas nada há que impeça uma pessoa de arrepender-se de pôr-se em condições de tomar da Comunhão.
Esse é, exatamente, o desafio da Santa Ceia, proposto pela comunidade da fé à Igreja, à consciência do crente. Usando uma comparação, eu diria que não se trata de uma conta que possamos protelar, sine die. Não; é antes como um título bancário, cujo resgate está fixado para um dia certo. Ante o desafio referido, examine-se cada qual, e tome...

Qual é pois, a função da Santa Ceia? A de um balanço nas contas, a de uma limpeza na casa, a de um banho no corpo... Isso tudo não pode ser adiado, segundo interesses pessoais em graves prejuízos. Assim, a nossa acomodação ao pecado. Ai de nós se condições comunitárias não viessem ao nosso encontro, auxiliando-nos através do desafio à consciência, a restabelecer a comunhão com Deus. Arrependimento e perdão são duas faces dessa moeda.

Mas se estiver o crente com relações cortadas com alguém, e as condições forem tais que não se possa pedir perdão ao ofendido antes da ocasião da Ceia? Não sei por que tal pergunta ocorre com tanta freqüência. Tenho sempre respondido com uma contra-pergunta: e se o ofendido morreu? Nesse caso, não mais se toma comunhão? A questão fundamental é de relação com Deus; quanto às relações com o próximo, certamente se hão de resolver quando estamos bem com Deus. O Deus dos cristãos é Cristo. Cristo se faz presente em nosso coração e em nossa vida, através da Ceia que Ele mesmo ordenou para nosso bem espiritual. Certo que a interpretação verdadeira da Ceia não é os malabarismo lingüísticos da transubstanciação, nem tão pouco a obscura consubstanciação, nem a diluída idéia de simples memorial. É sim, a grandiosa afirmação da presença real de Cristo.
(... Não nos elementos pão e vinho mas, no meio da igreja- grifo meu, Pr. Israel)

Texto extraído do Livro Antologia Teológica, pp. 591 e 592 - Autor: Julio Andrade Ferreira, Editora Novo Século