Imagem de Paz!

Imagem de Paz!
Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

terça-feira, 30 de março de 2010

O que Deus nos fala através do OUTONO. Por Hermes C. Fernandes

Do latim autumnu que significa “declínio”, “queda”. O Outono é a estação intermediária entre o Verão e o Inverno. Aos poucos a temperatura começa a cair. As árvores, antes exuberantes em sua folhagem, começam a ficar amareladas, até que suas folhas sucumbem ao soprar dos ventos cada vez mais frios.

Que mensagem de Deus encontramos implícita nessa estação?

A queda das folhas representa a vaidade e fugacidade da nossa vida. Nossa glória se esvai, nosso orgulho se sucumbe, e nada nos resta senão depender da misericórdia divina.

Em que poderia gloriar-se o homem? Em que poderia se estribar?

“Toda carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pe. 1:24-25a).

Cabe aqui a advertência de Deus: “Parai de confiar no homem, cujo fôlego está no seu nariz. Em que se deve ele estimar?” (Is.2:22).

O Evangelho da auto-estima é uma anomalia doutrinária, completamente estranho ao espírito das Escrituras. O genuíno Evangelho da Graça é um golpe fatal na soberba humana, pois declara que o homem é incapaz de salvar-se a si mesmo. A salvação é pela Graça para que “ninguém se glorie” (Ef.2:8-9).

As árvores nuas do Outono deveriam ser como um lembrete para nós. Toda sua robustez, vigor, exuberância, exibidas durante o Verão, perdem-se durante a estação da Queda.

Paulo compreendia perfeitamente tal verdade, a ponto de abrir mão de tudo o que poderia envaidecê-lo. Em sua epístola aos Filipenses, o apóstolo dos gentios faz uma breve apresentação de seu currículo:

“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, considerei-o perda por causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo” (Fp. 3:5-8).

Paulo se viu como uma árvore que se desnuda ao sabor dos ventos. Nenhuma folha se lhe apegaria. Tudo de que ele poderia se orgulhar agora era considerado “perda total”. Já não importava sua origem étnica, seu pedigree religioso, sua reputação entre os patrícios, nem mesmo seu senso de justiça própria. Era como se ele rasgasse seu currículo em pedacinhos.

Há muitos que se vangloriam em um diploma universitário, em sua posição social, em suas aptidões profissionais, em seu sobrenome, e em tantas outras coisas. Pode-se até impressionar pessoas com isso, mas Deus não Se deixa impressionar com nossas vaidades. Se quisermos agradá-Lo em tudo, temos que nos humilhar debaixo de Suas potentes mãos, e reconhecer nossa bancarrota espiritual.

Há um episódio muito interessante e mal compreendido narrado no Evangelho, em que Jesus amaldiçoa uma figueira ao verificar que não tinha frutos para saciar Sua fome.

"Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. Então ele disse à figueira: Nunca jamais coma alguém fruto de ti” (Marcos 11:13-14a).

Ora, se não era tempo de frutos, por que Jesus foi tão exigente com aquela árvore? Se observarmos bem, verificaremos que a ênfase principal não é a ausência de frutos, mas a presença de folhas. Por duas vezes é dito que aquela árvore estava repleta de folhas, e apenas uma vez é dito que ela não tinha frutos.

Era necessário que a figueira perdesse todas as suas folhas, a fim de frutificar. Provavelmente ainda não era tempo de fruto, mas já era tempo de haver perdido a folhagem. A presença das folhas indicava que quando o tempo de frutificar chegasse, aquela árvore não daria frutos. Por isso, Jesus a amaldiçoou.

Jesus queria nos deixar uma lição. Se quisermos frutificar, temos que deixar nossa folhagem cair. Só haverá Primavera (tempo de florescer) e Verão (tempo de plantar),e se houver Outono (tempo de perder as folhas e frutificar).

As folhas não se soltam e caem por si mesmas. É o vento que as derruba. O frio as faz perder o viçosidade, o vigor. Mas é a força do vento que as derruba. De igual maneira, é o Espírito Santo, que uma vez soprado sobre nós, faz esvanecer nossa vaidade, e cair nossa arrogância. Em vez de depender de nosso preparo, de nossas obras, passamos a nos valer inteiramente da Graça, e a depender totalmente da provisão de Deus em Cristo.

A esta altura, alguém pode estar perguntando: Ora, se não devo me valer de meu preparo intelectual, então, qual a necessidade de gastar cinco anos em uma faculdade? Pra quê boas obras, se não devo me fiar nelas? Pra quê tanto esforço em vão?

Precisamos enxergar as coisas na perspectiva certa. Mesmo não sendo salvos pelas as obras, somos salvos “para as boas obras” (Ef.2:10). Só não podemos colocar os carros na frente dos bois. Na perspectiva de Paulo, aquilo no qual ele poderia se gloria, tornara-se “refugo”. No texto original, podemos traduzir a palavra grega skybalon por adubo.

A queda das folhas provê o adubo que vai preparar a terra para frutificar. Antes que a agricultura fosse desenvolvida pelo homem, a natureza desenvolveu uma maneira de se auto-perpetuar. Não havia ninguém para adubar a terra, e assim, provê nutrientes para o crescimento saudável da vegetação. Então, através da decomposição das folhas que caíam, o solo recebia o adubo necessário.

Paulo está dizendo que aquilo em que poderia se gloriar, deveria ser colocado no chão, para que se tornasse adubo, e assim, lhe ajudasse a frutificar.

O lugar de nossa glória é o chão! O livro de Jó fala sobre deitar nosso ouro no chão (Jó 22:24-27). O Apocalipse nos apresenta vinte quatro anciãos que depositavam suas coroas no chão, aos pés do Cordeiro (Ap.4:10). O chão representa nossa dependência de Deus, nosso auto-aviltamento, nossa humildade. Seria por isso, que os crentes primitivos colocavam suas ofertas aos pés dos apóstolos?

Tudo o que temos e somos pode ser bênção, como também pode ser um empecilho em nossa comunhão com Deus; vai depender da perspectiva com que nos relacionarmos com isso.

Soltemos nossas folhas, e as deixemos ao sabor do vento.

Algumas delas cairão junto às nossas raízes, e ali ficarão até se decomporem. Outras, porém, serão espalhadas pelo vento, e se tornarão adubo para outras árvores. E assim, aprenderemos a depender uns dos outros, e principalmente, de Deus. Muitos são os canais pelos quais nos vem a provisão, mas a fonte é uma só: DEUS.

segunda-feira, 29 de março de 2010

ADULTÉRIO: EVITANDO UMA REAÇÃO QUÍMICA por Nélio da Silva

((Obs: Esse post do autor Nélio da Silva, eu copiei do blog Genizah por achar muito impactante.)))

O adultério tem invadido a nossa sociedade com uma força jamais anteriormente conhecida. O assunto é inevitável. Televisão, cinema e canções tem explorado com maestria as tramas desenvoltas num relacionamento triangular. Há não muito tempo atrás, Calvin Klein lançou a sua famosa fragrância “Eternity” (eternidade), apostando com este nome na duração do seu produto. Atualmente, ele também está vendendo como nunca a sua nova fragrância “Escape” (fuga), insinuando com este nome a fragilidade das relações traduzidas nas famosas escapadas fora do casamento.

Os escândalos de ordem social não são mais apenas prerrogativas de jornais baratos e sensacionalistas. Em anos recentes, até mesmo as publicações denominadas “responsáveis”, tem penetrado nos enlameados escândalos de famílias famosas. A imprensa mundial não vinha dando tréguas aos membros da família imperial inglesa, fazendo com que Charles e Diana, Andrew e Fergie se tornassem foco da atenção mundial. O record de audiência na TV inglesa foi alcançada pela chamada “Confissão de Diana”, quando praticamente a Inglatera parou para ver e ouvir a princesa do coração do povo falar sobre o seu problemático relacionamento com Charles, a presença de Camila, a outra de Charles, e o seu próprio envolvimento sexual com uma outra pessoa.

Pouco tempo depois disso, impossível esquecer, Lady Di faleceu tragicamente em acidente de carro, em Paris, junto a seu mais recente namorado, propiciando audiência ainda maior, não só na TV inglesa, mas na mídia mundial.

Uma recente pesquisa sobre adultério publicada em uma revista americana de psicologia, demonstrou que 92% dos entrevistados acreditavam que a monogamia é algo de “grande importância”. Porém, 45% dessas mesmas pessoas admitiram o seu envolvimento em uma relação ilícita, com a quebra dos seus próprios votos matrimoniais.

Ao escrever esse artigo tenho que lhe confessar um incômodo dentro de mim. Certamente, existem várias razões para isso, e, talvez, uma das mais fortes é o fato de estar com 46 anos de idade e acabar de ler um livro que muito impactou a minha vida. Meia Idade é um livro no qual o autor descreve que existe um tempo em nossas vidas onde necessariamente, o que temos que fazer é refletir sobre a nossa caminhada nessa existência. Temos de examinar por onde vimos andando, onde estamos hoje e para onde estamos indo. Um tempo de avaliação e retomada de direção. A leitura deste livro fez com que reacendesse em mim um desejo mais intenso de terminar bem a minha carreira.

Não faz muito tempo, recebi a noticia de que um pastor amigo, um homem de notáveis talentos, teve subitamente o seu ministério e a sua vida arrasados por um envolvimento em adultério. Seu ministério está literalmente destruído, seu nome enlameado, sua própria saúde abalada e a família em frangalhos. Histórias como essa tem se repetido centenas de vezes dentro da comunidade cristã e, confesso, o meu coração se quebra todas as vezes em que ouço algo assim.

Estou absolutamente convencido de que, se por um lado essas noticias nos apanham de surpresa, por outro, sei que houve todo um processo sendo desenvolvido, possivelmente ao longo de muitos anos. Também estou convencido de que, para cada líder cristão famoso que cai ao longo do caminho sob o escrutínio da mídia, existe uma quantidade enorme de outros totalmente desconhecidos que estão se afastando voluntariamente, ou estão sendo banidos dos ministérios em função da impropriedade na área sexual.

Meus anos de ginásio me ensinaram alguma coisa sobre reação química. Aprendi: quando certas substâncias entram em contato com outras, fatalmente haverá uma reação. Num pequeno laboratório da minha escola em Lins, estado de São Paulo, quase provoquei um acidente de proporção considerável, ao misturar dois ingredientes que não poderiam jamais se tocar. Tenho aprendido desde então, que, de um modo geral, as pessoas não respeitam as leis químicas mais do que eu, nos meus dias como estudante ginasial. Elas misturam voláteis ingredientes sem dar o devido tempo para avaliar as conseqüências. Muitos casais não compreendem que uma reação química pode ocorrer quando um dos cônjuges se relaciona com alguém que não seja o seu próprio. Por favor, não me interprete mal. Não estou me referindo necessariamente a uma atração sexual. Estou me referindo a uma reação de dois corações, uma química que envolve duas almas. É o que chamo de adultério emocional. Uma intimidade com o sexo oposto além da fronteira do casamento. Adultério emocional é uma infidelidade do coração. Quando duas pessoas começam a falar das suas lutas íntimas, das inquietações dos seus corações, suas dúvidas e incertezas, é bem possível que elas estejam compartilhando as suas próprias. Sabemos, Deus estabeleceu que tal relação fosse somente compartilhada dentro do relacionamento conjugal.

Há algum tempo atrás, um pastor me confessou: - “Já não amo minha esposa, estou apaixonado por uma moça da minha igreja.” Olhei nos olhos daquele companheiro da mesma maneira como tenho olhado detidamente nos olhos de muitos outros com quem tenho conversado abertamente sobre essa matéria. Eu tenho descoberto que, na maioria dos casos, um relacionamento adúltero teve início em um encontro casual dentro da própria igreja. Uma reação química toma lugar. Ele fala da sua frustração em casa, ela compartilha uma reação similar e em pouco tempo as emoções passam a ricochetear com uma rapidez intensa, e corações passam a experimentar uma ligação emocional irresistível.

Via de regra, o adultério não se dá por acaso. Antes, há uma história, norteada por passos claros e definidos. Você pode estar convergindo em direção a um adultério quando os seguintes passos são dados:

* Você tem uma necessidade que o seu cônjuge não está preenchendo. Necessidade de atenção, aprovação ou afeição. Se um desses requisitos não são preenchidos, um dos cônjuges então começa a buscar em alguém, ainda que inconscientemente, a satisfação de uma destas brechas.

* Você começa a se sentir mais confortável em se “abrir” com alguém que não seja o seu cônjuge. As dificuldades do dia são compartilhadas com certo prazer em um almoço, um encontro, uma carona no carro ou através de correspondência, via e-mail, etc.

* Você começa a falar com alguém sobre problemas e frustrações que tem vivido com seu cônjuge.

* Você começa a procurar razões para justificar esta sua relação de proximidade com uma outra pessoa, a fim de se sentir mais confortável com sua consciência. Neste processo de auto justificação, você inclusive busca razões espirituais que justifiquem suas atitudes, tais como: é da vontade de Deus falar honesta e abertamente com uma outra pessoa cristã.

* Você começa a sentir um intenso desejo de estar perto desta pessoa.

* Você esconde do seu cônjuge o relacionamento que está tendo com essa pessoa, ainda que o processo esteja somente em nível de conversa.

Quando você se encontra conectando-se com uma outra pessoa que não seu marido ou esposa, certamente já iniciou-se uma jornada que freqüentemente termina em adultério ou divórcio. A questão porém, é: como você pode se proteger e guardar-se puro num contexto desses?

1 - Tome Precauções

Certo pastor viu-se atraído em seus pensamentos por uma jovem funcionária da sua igreja. Depois de meses de racionalizações, ele finalmente admitiu a si mesmo que estava constantemente buscando razões para se encontrar com aquela pessoa. Ele resolveu assumir a seguinte postura: “Eu só me encontrarei com ela quando for apenas e estritamente necessário, e gastarei apenas um tempo mínimo. Só nos encontraremos no escritório, e tanto quanto possível na companhia de outras pessoas.” Com o passar de alguns meses, seu relacionamento com aquela pessoa voltou ao estado original, um relacionamento saudável, da mesma maneira como para com outras colegas de trabalho.

Algumas precauções dentro deste processo devem ser incluídas, até mesmo posições mais radicais, como por exemplo as de Rick Warren, um dos mais bem sucedidos pastores dos Estados Unidos. Após assistir a tantas quedas morais, Rick se sentou e escreveu os Dez Mandamentos para a sua equipe de trabalho.

1 - Não visitar pessoas do sexo oposto a sós.
2 - Não aconselhar pessoas do sexo oposto a sós no escritório.
3 – Não aconselhar pessoas do sexo oposto mais de uma vez sem a presença do cônjuge.
4 - Não tomar refeições a sós com pessoas do mesmo oposto.
5 - Não beijar pessoas do sexo oposto ou demonstrar atos de afeição que possam ser questionados.
6 - Não discutir detalhes de dificuldades de ordem sexual com pessoas do sexo oposto, quando em aconselhamento.
7- Não discutir detalhes de problemas de ordem sexual do seu casamento com pessoas do sexo oposto.
8 - Muito cuidado ao responder cartões, cartas ou bilhetes a pessoas do sexo oposto.
9 - Faça da sua secretária a sua protetora aliada.
10 - Ore pela integridade moral de outros membros da equipe.

Estas posições certamente podem nos levar a suspeitar de toda e qualquer relação com o sexo oposto, o que nos criaria perspectivas doentias. Um simples beijo no rosto, ou qualquer ato de afeição, não pode estar envolta o tempo todo dentro de precauções. O excesso de precaução pode nos levar a desenvolver uma mente maldosa, que vê o pecado a que buscamos evitar nos gestos mais simples. Em que pese tudo isso, essas precauções devem nos chamar a atenção para cuidarmos melhor desta área de nossa vida.

Dietrich Bonhoeffer, em seu livro, “Tentações” declara: Quando a cobiça assume o controle, Deus se torna irreal para nós. Bonhoeffer está absolutamente correto. Quando cobiça e paixão sexual ilícitas passam a nos consumir, ao mesmo tempo, Deus passa a ser uma presença opaca, distante e irreal. Surgem as racionalizações, nos tornamos insensíveis a uma tragédia que pode estar prestes a tomar lugar.

Estou convencido de que o primeiro passo a ser tomado, com o objetivo de derrotar a tentação sexual, é simplesmente fugir dela. Creio que exatamente isso que Paulo estava comunicando a Timóteo quando lhe disse imperativamente: “Foge das paixões da mocidade” (II Timóteo 2:22) A mesma recomendação foi dada à igreja em Corinto: “Fugi da impureza!” Em outras palavras: não se coloque numa posição na qual tenha de testar sua própria resistência. Excelentes ilustrações destes momentos de tentação seriam:

Capítulo I
“Andei por uma rua. Havia um buraco profundo na calçada. Caí dentro do buraco. Estou perdido. Não tenho nenhuma ajuda. Porém, a culpa não é minha. Vai levar muito tempo para eu sair daqui.”

Capítulo II
“Andei pela mesma rua. Havia um buraco profundo na calçada. Fingi que não vi. Caí novamente. Não posso crer que estou no mesmo lugar, mas a culpa não é minha. Vai levar muito tempo para eu sair daqui.”

Capítulo III
“Andei pela mesma rua. Havia um buraco profundo na calçada. Vejo que o buraco está ali. E, ainda assim eu caio dentro dele. Isso se tornou um hábito. Meus olhos estão abertos. Sei onde estou. A culpa é minha. Vou sair daqui imediatamente.”

Capítulo IV
Andei pela mesma rua. Havia um buraco profundo na calçada. Eu passei de lado.”

Capítulo V
“Fui por uma outra rua.”

Tenho conversado com alguns líderes que caíram em adultério, e eles, de um modo geral, tem expressado uma certa surpresa em relação a como tudo aconteceu. Falam como se tivessem sido levados por uma irresistível força da natureza.

Porém, é bom lembrar, ninguém cai em um precipício se mantiver uma distância segura. Mas, ao invés disso, eles se chegam cada vez mais ao abismo, até o momento onde o perigo acaba se tornando uma ameaça mortal.

2 - Preste Contas da Sua Vida a Alguém.

Talvez esta seja a área que mais se fala e menos se pratíca. No meu contato com líderes cristãos, tenho chegado a uma conclusão: quanto mais proeminentes se tornam, mais necessidade tem de se prestar contas da sua vida. Porém, infelizmente, é o inverso que ocorre. À medida que a igreja cresce, ou o ministério se expande, freqüentemente o líder passa a conhecer as pessoas num nível ainda mais superficial, com os que estão ao seu redor assumindo o seguinte raciocínio: “Quem sou eu para questionar se a decisão que ele está tomando é a melhor ou não?” O fato é que muitos pastores, em igrejas pequenas, também se sentem isolados e solitários no que se refere à tentação na área sexual.

Já faz alguns anos que estabeleci um sistema de prestação de contas da minha vida a um grupo de reduzido de companheiros. Eles são meus amigos e estamos comprometidos uns com os outros nos “regozijos e sofrimentos”, (I Cor.12:26). Nos abrimos, falando sobre o estado espiritual de nossas vidas. Compartilhamos alegrias, lutas e tentações. Confesso que nem sempre é agradável receber o telefonema de um deles, questionando uma determinada área de minha vida pessoal. Mas é compromisso com Deus e com eles ser aberto, vulnerável e transparente. Afinal, estes indivíduos, dentro do Corpo de Cristo, são instrumentos de cura para a minha própria vida.

Estou absolutamente convencido de que a arma mais eficiente que o inimigo tem em suas mãos é a de manter os cristãos distantes uns dos outros. Quando não prestamos contas da nossa vida a alguém, quando não mais falamos sobre as questões que realmente afligem a nossa alma, passamos a viver a síndrome de ilha, e fatalmente nos tornamos vulneráveis a uma série de mazelas. Tiago estava absolutamente correto quando afirmou: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.” (Tiago 5:16).

Aprendi há muito tempo atrás, que, para ser vitorioso na vida cristã, não apenas preciso da ação do Espírito Santo, mas também da ajuda dos meus amigos. Preciso, indispensavelmente, do poder do Espírito Santo, mas também da confiança e do amor de alguns irmãos que possam me fazer perguntas difíceis como: - “Nélio, você está investindo tempo em Deus? Como vai a sua vida mental (pureza)?; Tem abusado do seu poder como líder?; Tem andado em obediência a Deus; Tem mentido prá mim, em algumas das perguntas anteriores que lhe fiz?”

Howard Hendricks, há alguns anos atrás, afirmou que, segundo sua observação ao estudar um grande número de líderes que fracassaram moralmente, existem três denominadores comuns, e pelo menos um deles está presente em cada caso estudado:

1) Esses indivíduos não gastavam tempo com Deus
2) Não prestavam contas da sua vida
3) Eles nunca imaginaram que isso poderia acontecer com eles.

Quando me deparei com essa afirmação, confesso, me apavorei. Inicialmente, meu raciocínio foi:




- “Ei! Tenho uma esposa maravilhosa, tenho um bom casamento, amo a Deus, isso nunca poderá acontecer comigo.” Porém, me dei conta de que existem muitos companheiros que amam tanto a Deus como eu, estão servindo a Deus de uma maneira muito mais eficiente do que eu e, ainda assim, em algum tempo, em algum lugar, eles caíram. Ao pensar nisso, acabei me transformando num covarde. Tenho um temor tremendo de uma queda moral e não me envergonho de admitir. E, como fruto desta reflexão, quero lhe dar o terceiro passo prático de como evitar uma química errada.

3 - Considere o exorbitante preço da queda.

Todas as vezes em que me sinto particularmente vulnerável a uma tentação de ordem sexual, começo a “ensaiar” na minha mente quais seriam as conseqüências desta queda. Tenho pensado em algumas delas:

• Ferir o Senhor, que me redimiu, e trazer o Seu nome à lama.
• Ter que um dia olhar na face do Senhor Jesus, o Justo Juiz, e responder pelas minhas ações.
• Seguir os passos daqueles que caíram e tiveram os seus ministérios destruídos.
• Causar uma dor incalculável à Tereza, minha grande amiga e leal companheira.
• Ferir os meus amados filhos Léo, Marcus e Michael.
• Arrasar a minha imagem e credibilidade diante dos meus filhos e anular totalmente meus esforços de ensiná-los a obedecer a Deus (Por que obedecer um homem que nos traiu e à nossa mãe?). Certamente, assim raciocinariam.
• Se a minha cegueira persistir ou minha esposa for incapaz de me perdoar, talvez venha perder minha esposa e filhos para sempre.
• Perder o respeito próprio.
• Adquirir um tipo de culpa terrivelmente difícil de ser anulada (Ainda que Deus me perdoe, eu me perdoaria?).
• Memórias que para sempre permeariam minha mente e que seriam uma constante ameaça na intimidade com minha esposa.
• Perda de anos de investimento em treinamentos e experiências adquiridas ao longo do tempo. Talvez permanentemente.
• Prejudicar consideravelmente o trabalho de outros fiéis homens de Deus na minha cidade.
• Trazer um grande prazer e satisfação a Satanás, o grande inimigo de Deus e de tudo que é bom e puro.
• Dificuldades para sempre com a pessoa que cometi adultério.
• Possíveis conseqüências físicas de doenças venéreas ou mesmo a AIDS. No caso de AIDS, a possibilidade de infectar a minha esposa e ser o causador da sua morte.
• Possibilidade de uma gravidez que resultaria para todo o sempre numa lembrança do meu pecado.

Eu espero que a crua e franqueza demonstrada neste artigo tenha sido de algum benefício a você. Não me foi fácil articular esta matéria e fazer frente a este tópico. Porém, meu compromisso pessoal é o de ser honestos e íntegro na análise de meus erros e acertos.

Estou também perfeitamente consciente de que muitos, lendo este artigo, são imaculadamente inculpáveis na área de fidelidade conjugal. Porém, para aqueles que estão em luta nessa área, deixe-me compartilhar essa analogia: imagine uma pessoa que esteja lutando contra o vicio do jogo. Ela já prometeu a Deus que não irá mais a um Cassino, situado em Campinas, por exemplo. Está dirigindo o seu carro vindo do Rio de Janeiro para São Paulo. Chega a um ponto da estrada que ela vê a indicação de saída para a estrada que a conduzirá a Campinas. Imediata e espontaneamente, ela toma a saída que dá acesso à cidade e passa a circular em frente aos cassinos. Essa pessoa ainda não cometeu o pecado, mas o coração de Deus já está sofrendo com aquela atitude.

Se você está próximo demais de alguém de quem não deveria estar, e sabe que sua resistência está nas últimas, mas, ainda assim, tenta se convencer de que tem o controle da situação, então, por favor, ouça: humilhe-se diante de Deus, ajoelhe-se, fale com o Senhor, confesse o que realmente está se passando com o seu coração.

Deus está pronto para restaurá-lo e, sabemos, é o Senhor que nos convida ao caminho da restauração. Todos nós estamos em meio a uma batalha. Deus está lhe convidando a uma vida bem sucedida. Uma vida bem sucedida não consiste necessariamente em ser pastor de uma grande igreja, escrever livros e ser mencionado na galeria dos famosos líderes da atualidade. A minha definição de vida bem sucedida é a seguinte: Ser bem sucedido é gozar do amor e do respeito daqueles que estão mais próximos de mim.

Todos nós vivemos, quase todo tempo, sob o risco de fazer o que fiz no laboratório do meu ginásio. Vivemos com a constante possibilidade de criarmos uma reação química capaz de explodir nosso casamento, nossa família e nosso ministério. De fato, estamos diante de uma grande batalha. Uma batalha impiedosa e estratégica, que nem mesmo Alexandre ou Napoleão jamais enfrentaram. Temos que, de uma vez por todas, compreender que ninguém pode se preparar para uma batalha que não é conhecida, e muito menos sairmos vitoriosos de uma batalha para a qual jamais nos preparamos.




Nélio DaSilva
Coordenador Nacional - Homens de Valor
Mocidade Para Cristo - Brasil

quarta-feira, 24 de março de 2010

REFORMAR PARA PROTEGER


NE 4. 1-15

As reformas de Neemias durante o regresso dos israelitas do exílio babilônico para Jerusalém, nos fazem pensar em vários fatos semelhantes na atualidade.

Apenas para recordar, quero citar alguns dos eventos ocorridos durante as reformas:

1º - Neemias se vê comovido pela situação em que estava o povo de sua cidade natal, seus conterrâneos, sua parentela.

2º Depois de orar ao Senhor e conseguir autorização para regressar (ainda que por breve período) à sua terra natal, Neemias inspecionou, fez uma verificação dos danos, averiguou o que precisava fazer e por onde deveria começar.

3º Neemias percebe que nem tudo seria como gostaria que fosse pois numa reforma, há muitas coisas a serem levadas em conta:
- A oposição dos de fora (4.1) (6.1);
- A oposição dos de dentro (4.10) (6.10-14);
- O interesse individual (5. 1-5);
- Os que se dizem amigos, mas jogam dos dois lados (6.18); e
- O pecado individual e coletivo ( 9)

Diante desses fatos o que fazer? Como Proceder? Como iniciar?

De todas as observações feitas por Neemias, a que ele resolveu empreender em primeiro lugar foi RECONSTRUIR os muros.

Jerusalém estava sem defesa!
As suas casas estavam desprotegidas, suas famílias indefesas, suas mulheres e seus filhos inseguros, caso as ameaças dos seus inimigos se concretizassem.

Por isso era necessário reconstruir.

Reconstruir aquilo que propositalmente foi colocado no chão é mais difícil do que construir um prédio novo, porque se foi colocado no chão, foi por que alguém assim o quis. Aquele que colocou no chão, se oporá a qualquer tentativa de reconstrução.

É claro que também se deve lembrar daqueles que não estão nem aí para as reformas. Existe muita gente que aproveita as situações para tirarem vantagens, pois enquanto estivermos no chão, precisaremos deles, comeremos o que eles nos venderem, compraremos os seus vestidos e estaremos sempre aos seus serviços.

Ainda encontraremos aqueles que se dizem nossos amigos para nos denunciar ante nossos algozes. São pessoas que nos abraçam nas festas e nos apunhalam às costas.

Junte-se a isso o fato de termos ainda que encarar os nossos próprios PECADOS. Esses são os mais terríveis dos inimigos pois nos fazem paralisar quando deveríamos prosseguir.

Amados, ao encontrarmo-nos ante essas circunstâncias, o que devemos fazer?

Em primeiro lugar precisamos identificar os nossos MOTIVOS.
Isso mesmo, você precisa identificar quais os motivos que estão lhe fazendo engajar nesta peleja. Se você ainda não os identificou, você será um forte candidato a parar e retornar à estaca zero.

Neemias percebe isso quando chama o povo para REFORMAR.

No versículo 14 do cap. 4 ele diz “ inspecionei, dispus-me e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os temais, lembrai-vos do Senhor, Grande e Temível, e... PELEJAI PELOS VOSSOS IRMÃOS, VOSSOS FILHOS, VOSSAS FILHAS, VOSSA MULHER E VOSSA CASA”.

Esses são os motivos apresentados por Neemias. Notem que aparentemente ele inverte a ordem dos motivos... Se fosse eu, talvez começasse pela minha mulher ou pelos meus filhos, depois a casa, depois os meus irmãos. Mas ele insiste que o motivo deve começar com os vossos irmãos.

Procurei e busquei alguma nota de estudo que me explicasse essa ordenação de motivos, mas não os encontrei e ao preparar esta mensagem, Deus ministrava ao meu coração que é preciso começar a reformar, mas não com um motivo de meu interesse pessoal.

Ao iniciar pelos meus irmãos aprendi que a COMUNHÃO é a principal arma contra os inimigos da casa de Deus.

Se cada um pensar em si ao reformar, vai acontecer exatamente o que o profeta Ageu denunciou (Ag 1, quando Deus repreende o povo por edificar suas casas e deixar a Dele aos monturos).

Ao pensar nos irmãos, eu obrigatoriamente tenho que pensar na CASA DO PAI onde nos reunimos, onde celebramos, onde ouvimos as palavras de sabedoria.

Se os nossos motivos ou motivações forem as corretas, nenhum inimigo vai nos neutralizar. Nenhuma intimidação vai surtir efeito e, as reformas necessárias para o crescimento material e espiritual da igreja, nação santa ao Senhor, serão fielmente concretizadas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

ICABÔ – FOI-SE A GLÓRIA DE ISRAEL



1Sm 4.21

A história dos hebreus tem muito a ensinar à igreja dos dias atuais. Cada fato, cada episódio, cada vitória e cada derrota foram cuidadosamente colocadas ali nas Escrituras com um objetivo muito maior do que o de simplesmente relatar fatos históricos. Disso não temos dúvidas!

O acidente trágico com os filhos do sacerdote Eli que culminou na sua própria morte foi algo muito triste na história de um povo tão abençoado como os hebreus e nos faz rever algumas de nossas formas de pensar, como os muito conhecidos gritos de vitória enstusiásticamente pronunciados em nossas igrejas:
“Somos mais do que vencedores.... As portas do inferno não prevalecerão... Ele (o diabo) fugirá de vós....está amarrado... Debaixo dos nossos pés! e etc...

Frases essas tão empolgantes que, ao serem ditas nos faz esconder outras frase ditas nos mesmos episódios...

Somos mais que vencedores – "...mas em todas essas coisas..".
Que coisas? Os sofrimentos, as perseguições, as acusações mentirosas, as escassez e várias outras...

"As portas do inferno não prevalecerão..."
Sobre a igreja edificada por Cristo!

E para ser edificado por Cristo tem que:
Fazer sua vontade, viver em santidade, andar segundo o espírito.

"O diabo fugirá de vós..."
Se, sujeitar-vos à Deus. Esse é o segredo da igreja triunfante.

No episódio acima, o povo escolhido, a nação santa Israel estava muito aquém do que Deus esperava deles. Os sacerdotes já não eram ministros de Deus ao povo e sim ministravam-se a si mesmos. Os filhos de Eli já haviam sido alertados. Mesmo assim, o orgulho do passado vitorioso os tornou cego e não notaram que o "símbolo" da presença de Deus no meio deles já não faria a diferença.
Israel havia se acostumado a entrar em batalhas munidas de um amuleto “a arca”. Mas a arca era somente um símbolo e não Deus. Símbolos não fazem nada. Bíblia aberta no Sl 91 não espulsa demônio nenhum, assim como o nome de Jesus só surtirá efeito na boca daqueles que se submetem a ele.

Algumas coisas acontecem antes da Glória de Deus deixar a igreja...

No capítulo 3 vemos Deus falando com um menino (Samuel) porque aqueles que deveriam ouvi-lo estavam envolvidos em outros afazeres.
Diz a Palavra que antes da lâmpada de Deus apagar. A lâmpada dentro da tenda deveria estar acesa durante toda a noite e somente de manhã ela era apagada. Nunca poderia se apagar na madrugada.

Deus procura alguém para ouvi-lo antes que a luz se apague!

A luz também simboliza a glória e a glória simbolizava a presença poderosa de Deus. Os sacerdotes continuaram desagradando a Deus até que a arca foi tomada e aí sim perceberam que a Glória de Israel tinha ido embora.

É muito triste ver a glória de Deus indo embora!

Hoje, temos presenciado essa mesma glória que, antes dava tanto orgulho às igrejas sendo levada, quantas vitórias foram obtidas em prol do evangelho mas o comodismo, a falta de comunhão, a mistura com obras da carne, o pecado,e a ambição tem levado esta glória para bem longe. Quantas pessoas estão perdendo a fé, e culpam suas igrejas mas, esquecem-se que a igreja também é ela. Precisam ouvir Deus chamando-as à uma comunhão mais íntima com Ele.

Levante-se e ouça o que Deus tem a falar antes que sejas mais um a dizer: Icabô.



Conhecendo a vontade de Deus


“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” Conhecendo a vontade de Deus (Romanos 12. 2 )

O mundo está infeliz!

Disso não tenho dúvidas!

Como podemos nos considerar felizes se continuamos sempre querendo MUDANÇAS de vida. A maior causa da infelicidade no mundo está baseada na falta de experimentar a vontade de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo à igreja de Roma diz que essa vontade é:

1- Boa – Uma coisa é boa quando faz bem, ainda que nem sempre seja agradável aos olhos ou ao estômago. A Bíblia descreve muitas coisas como sendo boas mas que (falando sério) é difícil de aturar. Uma dessas coisas é a Vontade de Deus.

O fato de ser difícil não significa ser desagradável.

2- Agradável – A vontade de Deus não é como as coisas boas e essenciais que não agradam a quem as experimentam. Ao contrario, além de boa, ela é AGRADÁVEL. Agradável, segundo o dicionário Aurélio é APRAZÍVEL, GOSTOSO QUE DÁ PRAZER.

Deus jamais nos forçaria a uma experiência desagradável. O que acontece é que o nosso entendimento de coisa agradável está corrompido. Nós é que temos uma visão carnal sobre o que é agradável. A Bíblia diz que o Espírito milita contra a carne e a carne contra o Espírito.

"Nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne. Fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Ef. 2.3).

3- Perfeita – A perfeição da vontade de Deus, é a conclusão máxima de um ser PERFEITO. Ela é perfeita porque segue a uma lei justa. A Lei do Senhor está conformada à sua própria vida que é SANTA SANTA SANTA. Tudo em Deus é perfeito e a sua vontade para nós também é perfeita.

Como mencionei acima o grande problema para a felicidade do homem é, exatamente a sua obstinação quanto a fazer apenas a vontade de sua senhora (a carne). Se o homem se submeter voluntariamente ao senhorio de Cristo, o Espírito Santo o conduzirá a fazer a vontade de Deus.
As únicas coisas que nós podemos fazer no sentido de “ajudar” ao Espírito Santo, nessa sua função maravilhosa de conduzir-nos a experimentar a vontade de Deus são:

a) Não tomarmos a forma desse mundo. Precisamos nadar contra a correnteza que nos empurra em direção ao pecado e tudo o que lhe diz respeito.

b) Transformarmo-nos (Como assim?) Pela renovação da nossa mente. A mente tal como ela está, dominada e ensinada pela carne, pela razão humana, tende a cada dia mais nos manter como nós sempre fomos. Precisamos sair do obscurantismo, da ignorância, do terceiro-mundismo espiritual. Precisamos buscar e perscrutar a nossa única regra de fé, a nossa bússola, o nosso mapa do conhecimento de Deus, a Bíblia.


Aproxime-se de Deus e conheça a sua VONTADE e assim, SEJA FELIZ!

domingo, 21 de março de 2010

A TERRA QUE O SENHOR NOS DÁ É BOA


A TERRA QUE O SENHOR NOS DÁ É BOA




Dt. 1. 25 “E tomaram do fruto da terra nas mãos, e nô-lo trouxeram, e nos informaram, dizendo: É terra boa que nos dá o Senhor, nosso Deus”.

A Bíblia sempre nos fala das coisas boas que o Senhor nos dá.

Consideremos que:
1 – Tudo que o Senhor nos dá é bom. – Gn 2. 31 “ Viu Deus, tudo quanto fizera, e eis que era muito bom;
2 – A Lei do Senhor é boa (1 Tm 1.8 “Sabemos que a Lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo”.
3 – A Salvação que o Senhor nos oferece é boa;
4 – Os dons espirituais que o Senhor concede à sua igreja são bons;
5 – E também a terra que o Senhor nos dá é BOA.

O fato de que essas coisas são boas, não implica dizer e reconhecer que são fáceis ou comuns. É por isso que precisamos atentar, diligentemente, para alguns preliminares antes de possuirmos efetivamente o que Ele nos dá.

A terra certamente é boa, mas, todavia, entretanto, porém...
1 – Precisa ser conquistada – A terra deve ser conquistada pelas pessoas e não pelos anjos. Sou eu, é você, somos nós quem devemos conquistar a terra prometida pelo Senhor.
Pessoas são passíveis de erros, temores e tremores, mas Deus é quem nos faz conquistadores. (Js 1.2 ” ...passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel”)

2 – Precisa ser preservada – A preservação da terra conquistada se dá com a efetiva posse. Com o cuidado que devemos ter com ela, precisamos zelar por ela, mantê-la sob o nosso cuidado, pagar o valor dos impostos, espantar todos os invasores. (Dt. 21. 23 fala de não contaminarmos a terra que o Senhor nos dá.)

3 – Precisa ser respeitada – isso quer dizer que deve ser usada de forma consciente. Não usando para fins indevidos. Terra é para morar, plantar, colher e cuidar. A terra que o Senhor nos dá é boa mas possui marcos, fronteiras, limites. Não devemos desmarcar, não devemos ultrapassar as fronteiras. (Dt. 19. 14, “Não mudes os marcos do teu próximo, que os antigos fixaram na tua herança...”)

4 – Precisa ser amada – Isso quer dizer que você a defenderá, custe o que custar. Você não vai entregá-la de bandeja para os invasores, você não permitirá que ela seja ultrajada. Isso me faz lembrar o amor que alguns amigos têm pelas suas cidades de origem. Até brigam quando alguém faz brincadeiras com sua terra.

Existem muitos tipos de terras que o Senhor tem nos dado nesses dias: A família, o casamento, os filhos, o emprego, a profissão. Há momento que querem fazer-nos desistir de cuidar dessa terra, mas ela é nossa. Se você não tomar posse dela, só lhe restará o “deserto” e depois que Deus dá a terra, ele para de mandar manar, para de fazer água brotar da rocha. Deus já lhe deu o meio para você cultivar a tua felicidade.

APRENDENDO COM JOSUÉ





JOSUÉ CAP. 1:5-9

"Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares."




Uma das passagens mais belas da Bíblia, encontra-se neste trecho, onde o Senhor CONFIRMA a vocação de Josué.
QUEM ERA JOSUÉ?
A Bíblia nos ensina que Josué era FILHO DE NUM e SERVO DE MOISÉS

1) Capitão de homens (Você Precisa estar pronto para batalhar pelo povo de Deus, a Igreja), Mesmo quando parece ser um serviço perdido, um serviço simples, BATALHAR é uma atitude daqueles que obterão a vitória.
• Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão. Êxodo 17:9

2) Servidor fiel (Estava sempre com Moisés, mesmo onde ninguém mais ousava estar) Você precisa continuar SERVINDO fielmente, pois o Senhor observa a nossa fidelidade
• E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus. Êxodo 24:13

3) Estava sempre atento aos acontecimentos – Você precisa estar ligado. Coisas podem acontecer no arraial e muitos podem nem perceber o mau se aproximando, mas você deve ser o primeiro a denunciar o inimigo que se aproxima sorrateiramente
• E, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: Alarido de guerra há no arraial. Êxodo 32:17

4) Nunca se apartava do meio da tenda (onde Moisés se recolhia) – Estar na tenda é estar na presença de Deus, significa entrar em intimidade com Ele. Na tenda também deve significar confiança. Você precisa emprimir CONFIANÇA a ponto de Deus usar o termo “FACE A FACE” COMIGO
• E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda. Êxodo 33:11

5) Tinha profundo zelo pelo ministério do seu senhor – Você precisa ter ciúmes das coisas santas. Ministério é COISA SANTA. DONS ESPIRITUAIS são santos; ADORAÇÃO é coisa santa, COMUNHÃO é coisa santa; AMOR é coisa santa. Por essas coisas sim deve se ter ciúmes. Jesus aplicou literalmente o Salmo “Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. Salmos 69:9” quando derrubou as mesas dos cambistas no templo.
• E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho. Números 11:28

6) Foi um com Calebe na defesa da Tomada da Terra prometida. Ele não via como homens naturais mas, sim pela fé. Sua fé lhes preservou a vida e, foi um dos dois homens que puderam entrar na terra prometida de toda a sua geração – A fé de Josué e sua boa vontade o fazia sempre estar “DISPONÍVEL”, Da mesma forma, você deve estar sempre disponível para toda e qualquer obra a que o Senhor determinar.
• Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué. Números 13:16
• E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. Números 14:6
• Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Números 14:30
• Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida. Números 14:38
• Porque o SENHOR dissera deles que certamente morreriam no deserto; e nenhum deles ficou senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Números 26:65
Foi escolhido por Deus para subistituir Moisés porque tinha o Espírito Santo. Essa escolha, não foi uma “sorte” mas o resultado de uma vida de dedicação fiel. Mesmo escolhido por Deus, recebeu a imposição das mãos do Sacerdote eleazar. Liderança Civil X liderança Sacerdotal. Assim como Josué, você deve sempre aguardar a confirmação do Senhor para tomar posse das bênçãos para você e também esperar o tempo certo para assumir posições.
• Então disse o SENHOR a Moisés: Toma a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe a tua mão sobre ele. Números 27:18
• E fez Moisés como o SENHOR lhe ordenara; porque tomou a Josué, e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; Números 27:22

7) Encarregado de repartir a terra entre os filhos de Israel – Quando você receber uma delegação de competência, faça o que lhe foi determinado. Use a autoridade de Deus investida a você e seja fiel, pois o Senhor honra sempre os seus servos fiéis.
• Estes são os nomes dos homens que vos repartirão a terra por herança: Eleazar, o sacerdote, e Josué, filho de Num. Números 34:17
• Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel. Deuteronômio 1:38
• Também dei ordem a Josué no mesmo tempo, dizendo: Os teus olhos têm visto tudo o que o SENHOR vosso Deus tem feito a estes dois reis; assim fará o SENHOR a todos os reinos, a que tu passarás. Deuteronômio 3:21
• Manda, pois, a Josué, e anima-o, e fortalece-o; porque ele passará adiante deste povo, e o fará possuir a terra que verás. Deuteronômio 3:28
• O SENHOR teu Deus passará adiante de ti; ele destruirá estas nações de diante de ti, para que as possuas; Josué passará adiante de ti, como o SENHOR tem falado. Deuteronômio 31:3
• E chamou Moisés a Josué, e lhe disse aos olhos de todo o Israel: Esforça-te e anima-te; porque com este povo entrarás na terra que o SENHOR jurou a teus pais lhes dar; e tu os farás herdá-la. Deuteronômio 31:7
Foi investido de autoridade pelo próprio Deus – É Deus que AUTORIZA. É Deus, o Todo-Poderoso que nos conhece, nos chama, nos capacita e nos envia a fazer COISAS GRANDES.
• E disse o SENHOR a Moisés: Eis que os teus dias são chegados, para que morras; chama a Josué, e apresentai-vos na tenda da congregação, para que eu lhe dê ordens. Assim foram Moisés e Josué, e se apresentaram na tenda da congregação. Deuteronômio 31:14

8) Foi Esforçado e fortalecido pelo próprio Deus, animado por Moisés e Reconhecido pelo Povo – É assim o ministério de todo homem de Deus. É Deus quem nos fortalece nas horas difíceis, nas horas em que parecemos estar sozinhos, perdidos, amendrontados...Deus também ordena aos anjos para nos guardar e pelejar por nós... Deus ordena aos superiores para nos incentivar... É Deus quem determina ao “Povo” para nos receber em seu nome.
• E ordenou a Josué, filho de Num, e disse: Esforça-te e anima-te; porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra que lhes jurei; e eu serei contigo. Deuteronômio 31:23
• E veio Moisés, e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Josué, filho de Num. Deuteronômio 32:44
• E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés. Deuteronômio 34:9

Vê, Em uma única pessoa, sujeito às mesmas fraquezas que nós, podemos perceber tantas qualidades indispensáveis ao nosso sucesso. Saiba querido irmãos que, mesmo que algumas delas, aparentemente sejam impossíveis de ter, mantendo-se fiéis, Deus lhes dará condições e, com toda a certeza, vocês serão reconhecidos como JOSUÉS de nossos dias.