1 Rs 17.1-9
Chave v. 7 E sucedeu depois de um tempo, que o ribeiro secou,
porque não tinha havido chuva na terra
V8 E a Palavra do Senhor veio até ele, dizendo:
V9 Levanta-te e vai-te a Sarepta, a qual pertence a Sidom, e
habita ali, eis que tenho ordenado uma viúva que te sustente.
O ser humano tem uma capacidade enorme de adaptação. No
início é comum o mal-estar causado pelas mudanças. Quem nunca ouviu a frase: “A
vida é uma roda gigante”? Não sei qual foi o autor, mas se vermos uma roda em
movimento, veremos que a circunferência na roda nunca toca o mesmo lugar.
Diferentemente da metáfora da roda, o ser humano depois de
algum tempo tende a se acomodar ao espaço onde habita.
No início eram as matas, depois a caverna. Depois começou-se
a construção de choupanas até as grandes e seguras construções em que vivemos
hoje. E... mudar de uma casa, de um bairro, de uma cidade ou até mesmo de um
emprego não é lá uma coisa muito fácil. E o medo? E a ansiedade que sentimos
nos lugares novos em que passamos a viver?
Da mesma forma, são as circunstâncias dessa vida. Alguns de
nós tem motivo para viverem alegres o tempo todo, mas de vez em quando
experimentam momentos de tristezas.
Alguns de nós vivem tristes e, também em alguns momentos são
brindados com bons momentos de alegria.
Elias se viu envolvido em um momento como esse. A profecia
que havia falado, por ordem do Senhor o colocara em uma situação difícil diante
da nação de Israel. Ele disse que segundo a palavra dele não iria chover por
alguns anos.
É claro que Deus já havia preparado um lugar para Elias se
esconder. O vers. 3 diz que Deus manda que ele se esconda junto a um ribeiro.
Neste esconderijo, Deus determinou que corvos (aves de rapina) levasse alimento
para o seu profeta todos os dias.
Que benção né?
Esconderijo,
Comida todos os dias
Água do ribeiro...
O que mais você iria querer?
O mundo todo passando fome e você habitando seguro? Não é uma
maravilha? Deus cuida ou não cuida de nós?
Eu disse a você que o nosso problema é a acomodação, certo?
Acomodar-se é estar confortável. É comum construirmos uma zona de conforto para
nós. Um lugar, um momento, algo que nos faz estar seguros e, muitas vezes nos
esquecemos que somos profetas de Deus nessa geração e, há um tempo para nos
escondermos em segurança, mas há tempo também para nos confrontarmos com o
pecado, com a falsidade, com a mentira. Há momentos de descanso, mas há momento
de combatermos.
O vers.7 diz “e sucedeu depois de algum tempo.”
Elias foi obrigado a sair de seu esconderijo pois a fonte de
água secou. Os corvos pararam de trazer comida...
Se eu fosse Elias pensaria logo que Deus tinha me abandonado,
que eu fizera alguma coisa errada, que estava pagando por pecados não
confessados.
Não, Deus não age assim, Deus não te usa e depois de
descarta, como alguns patrões fazem com seus empregados. Deus tem obra maiores
a realizar por intermédio de você e, as portas se fechando, as crises te
obrigando a sair da zona de conforto, a realizar mudanças, todas essas coisas
te acontecendo é uma forma de Deus te conduzir ao centro da vontade dele.
Precisamos estar atentos pois o bem estar de hoje pode ser
usado por Deus para realizar a sua vontade, mas também os momentos difíceis
também são usados por Ele para nos conduzir ao que Ele determinou.
Elias sai da caverna onde corvos o alimentava e vai para uma
cidade ser sustentado por uma viúva que passava por grandes apertos.
Não sabemos de onde Deus vai nos abençoar, mas vai. Antes
Deus trata conosco de uma forma toda especial.
Estar à disposição de Deus nos leva a fazer coisas incríveis
ainda em nossos dias. Deus nos manterá escondidos e seguro o tempo que for
necessário, mas vai acontecer em nossas vidas, o que aconteceu com Elias: Depois
de algum tempo... Deus nos tira do lugar onde estamos.
Eu creio que Deus vai te tirar do lugar de conforto para te
levar a um lugar muito mais importante em sua obra.
Respondendo à pergunta inicial “Por quanto tempo Deus suprirá
as nossas necessidades no esconderijo?”
Respondo: Até que haja algo muito maior a realizar no mundo
através de cada um de nós.