Imagem de Paz!

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Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

quarta-feira, 24 de março de 2010

REFORMAR PARA PROTEGER


NE 4. 1-15

As reformas de Neemias durante o regresso dos israelitas do exílio babilônico para Jerusalém, nos fazem pensar em vários fatos semelhantes na atualidade.

Apenas para recordar, quero citar alguns dos eventos ocorridos durante as reformas:

1º - Neemias se vê comovido pela situação em que estava o povo de sua cidade natal, seus conterrâneos, sua parentela.

2º Depois de orar ao Senhor e conseguir autorização para regressar (ainda que por breve período) à sua terra natal, Neemias inspecionou, fez uma verificação dos danos, averiguou o que precisava fazer e por onde deveria começar.

3º Neemias percebe que nem tudo seria como gostaria que fosse pois numa reforma, há muitas coisas a serem levadas em conta:
- A oposição dos de fora (4.1) (6.1);
- A oposição dos de dentro (4.10) (6.10-14);
- O interesse individual (5. 1-5);
- Os que se dizem amigos, mas jogam dos dois lados (6.18); e
- O pecado individual e coletivo ( 9)

Diante desses fatos o que fazer? Como Proceder? Como iniciar?

De todas as observações feitas por Neemias, a que ele resolveu empreender em primeiro lugar foi RECONSTRUIR os muros.

Jerusalém estava sem defesa!
As suas casas estavam desprotegidas, suas famílias indefesas, suas mulheres e seus filhos inseguros, caso as ameaças dos seus inimigos se concretizassem.

Por isso era necessário reconstruir.

Reconstruir aquilo que propositalmente foi colocado no chão é mais difícil do que construir um prédio novo, porque se foi colocado no chão, foi por que alguém assim o quis. Aquele que colocou no chão, se oporá a qualquer tentativa de reconstrução.

É claro que também se deve lembrar daqueles que não estão nem aí para as reformas. Existe muita gente que aproveita as situações para tirarem vantagens, pois enquanto estivermos no chão, precisaremos deles, comeremos o que eles nos venderem, compraremos os seus vestidos e estaremos sempre aos seus serviços.

Ainda encontraremos aqueles que se dizem nossos amigos para nos denunciar ante nossos algozes. São pessoas que nos abraçam nas festas e nos apunhalam às costas.

Junte-se a isso o fato de termos ainda que encarar os nossos próprios PECADOS. Esses são os mais terríveis dos inimigos pois nos fazem paralisar quando deveríamos prosseguir.

Amados, ao encontrarmo-nos ante essas circunstâncias, o que devemos fazer?

Em primeiro lugar precisamos identificar os nossos MOTIVOS.
Isso mesmo, você precisa identificar quais os motivos que estão lhe fazendo engajar nesta peleja. Se você ainda não os identificou, você será um forte candidato a parar e retornar à estaca zero.

Neemias percebe isso quando chama o povo para REFORMAR.

No versículo 14 do cap. 4 ele diz “ inspecionei, dispus-me e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os temais, lembrai-vos do Senhor, Grande e Temível, e... PELEJAI PELOS VOSSOS IRMÃOS, VOSSOS FILHOS, VOSSAS FILHAS, VOSSA MULHER E VOSSA CASA”.

Esses são os motivos apresentados por Neemias. Notem que aparentemente ele inverte a ordem dos motivos... Se fosse eu, talvez começasse pela minha mulher ou pelos meus filhos, depois a casa, depois os meus irmãos. Mas ele insiste que o motivo deve começar com os vossos irmãos.

Procurei e busquei alguma nota de estudo que me explicasse essa ordenação de motivos, mas não os encontrei e ao preparar esta mensagem, Deus ministrava ao meu coração que é preciso começar a reformar, mas não com um motivo de meu interesse pessoal.

Ao iniciar pelos meus irmãos aprendi que a COMUNHÃO é a principal arma contra os inimigos da casa de Deus.

Se cada um pensar em si ao reformar, vai acontecer exatamente o que o profeta Ageu denunciou (Ag 1, quando Deus repreende o povo por edificar suas casas e deixar a Dele aos monturos).

Ao pensar nos irmãos, eu obrigatoriamente tenho que pensar na CASA DO PAI onde nos reunimos, onde celebramos, onde ouvimos as palavras de sabedoria.

Se os nossos motivos ou motivações forem as corretas, nenhum inimigo vai nos neutralizar. Nenhuma intimidação vai surtir efeito e, as reformas necessárias para o crescimento material e espiritual da igreja, nação santa ao Senhor, serão fielmente concretizadas.

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