Imagem de Paz!

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Foto da cachoeira do Sahy, Mangaratiba, RJ

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Dai-lhes vós o que comer



"Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes vós mesmos de comer"

(Mateus 14.16)

Fome (do latim faminem) é o nome que se dá à sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. O termo comumente é usado mais amplamente para referir a casos de má-nutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido a pobreza, conflitos políticos ou instabilidade, ou condições agrícolas adversas. Em casos crônicos, pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do organismo. Uma pessoa com fome está faminta.


Cerca de 805 milhões de pessoas no mundo, uma em cada nove, sofrem de fome crônica no mundo, segundo o relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (Sofi 2014, na sigla em inglês), divulgado dia 16/09/14 em Roma, na Itália, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Em 2013, 52 milhões de brasileiros tiveram algum tipo de dificuldade para comprar alimentos. Apesar de o número ser alto, ele está em queda. Segundo dados do PNAD, entre 2009 e 2013, a quantidade de casas com insegurança alimentar caiu de 30,2% para 22,6%. No entanto, 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil.
Os dados são do levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 sobre segurança alimentar que foi realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). 

A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste, onde atinge 36,1% e 38,1% dos domicílios. Na área rural chega a 35,3%.

No ano de 2014 aconteceu no Estado de Rondônia a maior cheia já ocorrida no rio Madeira. Segundo a Defesa Civil Estadual cerca de 100 mil pessoas foram atingidas.
Eu mesmo vi de perto a realidade dos moradores da parte central da cidade e, dos moradores da beira do Rio. Participei de muitas missões de retirada de moradores de suas casas.
Todavia, existe um outro tipo de fome  tem matado muito mais gente do que os número apresentados.
O mundo possui cerca de 7,2 bilhões de pessoas, segundo o último relatório da ONu.
M Um terço da população mundial é cristã, o equivalente a 2,18  bilhões de pessoas, revela hoje um mega-estudo de 2010 do centro de investigação norte-americano Pew.
São cerca de 5 bilhões de pessoas com FOME da alma. A fome física mata o corpo mas a fome da alma, se não saciada, mata o corpo e o espírito.

Quando Jesus diz aos discípulos "dai-lhes de comer" Ele está dizendo também e, principalmente, leve a eles o alimento para a alma... 

Deus chamou toda a Igreja para proclamar o Evangelho em todo o mundo. Há ainda mais de 2.000 povos no mundo sem o conhecimento do Evangelho, cerca de 3.000 línguas sem um verso bíblico em seu idioma e 5 bilhões de pessoas que não conhecem o Senhor Jesus.

A fome da alma não pode ser saciada pelo alimento físico . São pessoas que estão morrendo sem socorro e que estão vivendo à margem do Plano de Deus para elas.

Para saciar a fome da alma, o mundo precisa ser evangelizado.

No Brasil há oito segmentos reconhecidamente menos evangelizados, sendo sete socioculturais e um socioeconômico. 

1 Indígenas
Com 117 etnias sem presença missionária e sem o conhecimento do Evangelho1. Estas etnias, com pouco ou nenhum conhecimento de Cristo, espalham-se por todo o Brasil com forte concentração no Norte e Nordeste2
2 Ribeirinhos
Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas3 ao longo de centenas de rios e igarapés. As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades4
3. Ciganos (sobretudo da etnia Calon)
Há cerca de 700.000 Ciganos Calon no Brasil5 e apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. Os Ciganos espalham-se por todo o território nacional nas grandes e pequenas cidades, vivendo em comunidades nômades, seminômades ou sedentárias.

4. Sertanejos
Louvamos a Deus por tudo que tem ocorrido no Sertão nos últimos 10 anos – centenas de assentamentos sertanejos evangelizados e muitas igrejas plantadas. Há, porém, ainda 6.000 assentamentos sem a presença de uma igreja evangélica6

5. Quilombolas
Formados por comunidades de afrodescendentes que se alojaram em áreas mais ou menos remotas nos últimos 200 anos. Há possivelmente 5.000 comunidades quilombolas no Brasil, sendo 3.524 oficialmente reconhecidas7. Estima-se que 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica8

6. Imigrantes
Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas9. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro. 

7. Surdos, com limitações de comunicação 
Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus10. Há pouquíssimas ações missionárias especificamente direcionadas para os surdos em todo o território nacional.

8. Os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres
O oitavo segmento não é sociocultural como os demais, mas socioeconômico. Divide-se em dois extremos: os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres. As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos11. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos12.

Quando Jesus diz aos discípulos Dá-lhes vocês, o que comer a eles, diante de uma multidão faminta, além da responsabilidade física com aquelas pessoas, Ele também estava determinando aos seus discípulos que deveriam alimentar a alma daquela multidão.
Ele estava afirmando que o que eles possuíam era o suficiente para ser multiplicado e repartido à multidão; acontece que eles desconheciam o que o Senhor era capaz de fazer com tão pouco (cinco pães de cevada e dois peixes) para tantos (cinco mil homem, exceto mulheres e crianças).

Talvez você esteja como aqueles discípulos, uns não tinham nada e outros apenas um pouco mas tinham disposição de obedecer e diante do Senhor, a obediência gera a fé de que precisamos para realizar grandes feitos.

Jesus sabia que o lugar era deserto, que a hora era avançada e que a multidão estava faminta, mas ele tinha um plano especial para alimentá-la. E, o que os discípulos não sabiam, é que eles mesmos estavam inseridos nesse plano. Eles pensavam que a única solução para tão grande problema seria despedir a multidão; não sabiam que o Senhor queria usá-los para aquela grande obra. Ele usaria o pouco que tinham para saciar aquela grande multidão. Que maravilhoso plano!

Essa história se repete em nossos dias. Apesar de, muitas vezes, desconhecermos o que o Senhor Jesus pode fazer com a nossa pouca força, com os nossos cinco pães e dois peixinhos, Ele sempre quer usar-nos e sempre coloca-nos em seus projetos. Ele mesmo disse: Eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jr 29.11. Complicamos a situação quando é tão simples. É só colocar o pouco que temos nas mãos daquele que pode multiplicar. Não havia necessidade da multidão ir comprar comida nas aldeias, ali estava o Pão Vivo que desceu do céu.

Um dos discípulos, André, irmão de Pedro, disse: “Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” (João 6.9). É o que, muitas vezes, perguntamos: que é isso para tantos? Como posso fazer algo para Deus sendo tão incapaz? Como posso pedir a Deus que cure alguém, se eu mesmo estou enfermo? Como posso pedir a Deus que supra a necessidade do meu irmão, se tenho tantas necessidades? 
Querido, esta é a grande prova do que o Senhor Jesus disse a Paulo: “o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2 Co 12.9). Se formos esperar estarmos completos, jamais faremos algo para Deus. Ele vai realizar o milagre a partir do pouco que você tem.

Se pensarmos como os discípulos pensaram de antemão em alimentar aquela multidão, certamente nossos projetos não sairão do papel. Mas, ser fizermos como aquele rapaz que prontificou em colocar à disposição do Mestre o seu único sustento daquela tarde, com certeza o milagre vai acontecer; o Senhor multiplicará, a multidão ficará saciada e ainda sobejará.

Veja que aquele moço não hesitou em dispor do que tinha, mas confiou em colocar nas mãos naquele que dá semente ao que semeia.

Quando os discípulos disseram que tinham algo, a ordem do Senhor foi: Trazei-mos aqui! Faça isso. É necessário trazermos ao Senhor o que temos. Traga o que você tem ao Mestre, e assim ele multiplicará capacitando-te para a realização do plano que Ele já projetou para a sua vida.

Comece hoje com o pouco que o Senhor já te confiou. Faça algo em prol do Reino de Deus. Comece de onde você está. Não importa se você tem apenas cinco pães e dois peixinhos; o que importa é se os colocar à disposição daquele que pode multiplicar.


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