Viagem ao Deserto
O Um
dia desses eu estava meditando, sobre o povo hebreu, sua cultura, suas
riquezas, suas muitas batalhas, derrotas e vitórias e, senti-me impulsionado a
refletir sobre esta região que abrange o plano físico e o plano espiritual.
(meta-físico), “o deserto”.
Há
milhões de coisas que se podem dizer sobre o deserto, como não poderia
relacioná-las todas nesta reflexão, ater-me-ei em comentar algumas delas,
observadas na história do povo de Israel, o povo escolhido por Deus, para
perpetuar o seu nome na Terra.
1 - A primeira vez que a Bíblia menciona a
palavra deserto, é Gn. 14. 6, e fala sobre os horeus que habitavam no monte
Seir, até El-Parâ que está junto ao deserto. Há moradas no deserto
2 - Em Gn 16.7, diz que um anjo encontrou Hagar
junto a uma fonte no deserto. No deserto
há fontes.
3 - Em Gn. 21.14 , diz que Hagar
caminhou errante para o deserto. O deserto é a estrada daqueles que perdem
tudo, daqueles que estão triste, daqueles que não tem esperança.
4 - Em Gn 21. 20-21, diz que
Ismael morou no deserto, e nele ganhou forças, cresceu e tornou-se flecheiro e
se casou. No deserto pode-se frutificar.
5 - Em Gn. 36.24,
Anás achou as fontes termais no deserto, quando apascentava os jumentos
de Zibeão, seu pai. Fontes de águas quentes, de uso medicinal. No deserto pode ser encontrado o remédio
para nossa dor
6 - Em Gn. 37.22, Os irmãos de José o lançaram numa cova
que estava no deserto. Quando algo nos incomoda nós fazemos o mesmo, o lançamos no deserto do esquecimento
tentando nos livrar dele.
5 - Em Ex. 3.1, Moisés no deserto, (Monte Horebe) teve seu
primeiro encontro com Deus. Foi ali que Deus se revelou como o grande “Eu Sou”.
A maioria de nós só temos um primeiro encontro com Deus quando nos encontramos no deserto.
6 - No vers. 18, Deus orienta a Moisés a levar o povo
ao deserto para oferecer-lhe sacrifícios. Muitos de nós não entra no deserto
para sacrificar a Deus. Detalhe ao entrarmos no deserto, não é suficiente
caminhar só um dia. Assim como o povo, precisamos insistir em pelo menos três.
Isso fala da perseverança do cristão. Devemos esperar com paciência no Senhor,
para depois, Ele ouvir o seu clamor!
7 - Em 4. 27, Deus
ordena a Arão que vá ao encontro de seu irmão Moisés, no deserto. Deus continua
ordenando-nos a irmos ao encontro de nossos irmãos, quando estes estiverem no
deserto.
8 - Em 5.1 e 3,
vemos Moisés pedir a Faraó, que
libere seu povo para celebrar festa ao
Senhor, no deserto. Não importa quem tenha autoridade sobre nós, festejar ao
Senhor é sempre o dever maior. Talvez seja no deserto que o festejamos melhor.
9 - Em Ex. 7.16 vemos Moisés insistindo com Faraó para
deixar o povo ir ao deserto. Isso nos fala sobre a insistência que devemos ter
para adorar ao Senhor. Ainda que o tempo seja o nosso faraó, devemos insistir
com ele a fim de entrarmos no deserto para louvar ao Senhor.
10 - Em Ex. 8.27 e 28, vemos a proposta indecente de
Faraó. o povo pode ir ao deserto mas não muito longe. Na verdade quando
entramos no deserto, devemos estar consciente de irmos até ao final. Ir ao
deserto é uma ida para um outro lugar. Pois depois do deserto está a terra que
mana leite e mel. Só a alcança quem vai até o final do deserto.
11 - Em Ex. 13.18-20, vemos o povo partir armados para a
caminhada ao deserto. Depois eles param diante do mar. O Senhor os guiou de dia
numa nuvem e à noite numa coluna de fogo. Quando entrares no deserto, o Senhor
vos guia, seja noite ou seja dia. Ele estará convosco.
12 - Em Ex.14.3, faraó pensa que o povo estava embaraçado
no deserto. Assim, o nosso inimigo, vendo-nos no deserto, pensa que estamos
perdido, derrotados, enfraquecidos, mas é lá no deserto que nos tornamos
fortes. É no deserto que Jeová Sabaoth guerreia por nós.
Para resumir, é no
deserto que o incrédulo e fraco cristão murmura contra a providência divina.
(Ex. 14.11-12);
É no deserto que a nossa fidelidade a Deus é provada. É
lá, no deserto que perdemos nossas armas, nossas riquezas, nossa bagagem, nosso
conhecimento. É lá que somos confrontados com a fé. É lá que nos sentimos fracos.
É no deserto que nos sentimos sós, sentimos sedes, fomes, e nos esvaziamos das
impurezas. É lá que o Senhor prova o seu povo, é lá que conhecemos a Deus, é no
deserto que experimentamos a Deus, temos comunhão com Deus. É lá que o Senhor
nos separa para um ministério. É no deserto que o Senhor providencia a água que
extermina, de uma vez por toda, a sede. É no deserto que somos mais abençoados
por Deus. É lá no deserto, que passamos a ter intimidade com Deus. É lá que
amadurecemos e é lá que alcançamos vitória contra nós mesmos, contra o mundo e contra o diabo.
Entremos no deserto e busquemos ao Senhor, pois Ele é
galardoador daqueles que o buscam.
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